Faca lambe, como língua
a torrente vagarosa da sua inocência.
Rasga o peito
e deixa o leito indecente
de palavras duras
escoarem pelo brilho perdido dos seus olhos.
O que não está em nós
é o pleito eternamente vacante
da assombrada existência
cheia de nós, de mistérios, de obviedades, de finitudes.
Solte as palavras, solte a língua, solte o olhar,
agarre em mim, nos agarremos uns aos outros: somos um poema que fica,
mas nós vamos ser lambidos pela lâmina da morte,
o grande nortes em estrelas, sem luz, profundamente obscuro.
(Geraldo Magela)
Sunday, March 18, 2007
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2 comments:
Add o endereço do teu BLOG na relação de sites do meu.
Espero q/ possamos nos encontrar com freqüência por meio da leitura dos nossos escritos...
Abraço, Magela.
Luz e Paz!
Érica.
Vc escreve de forma que o leitor consiga adentrar no seu pensamento... Com profundidade e destreza... Sinto preocupação nas entrelinhas e uma tristez profunda!!! Errei? Perdoa-me!
Agora te achei, viu???
Bjim
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