
Achei, como uma borboleta, um argonauta navegando sem rumo, um canto de jardim. Ela é simples, mas profunda. Talvez eu tenha sentido a mesma emoção que Guimarães Rosa sentia quando via flores solitárias no campo. O vento soprando e embalando suas pétalas. Beleza irradiantemente à espera de alguns olhos que querem a loucura de viver com simplicidade. Rita Apoena é o nome da poeta, dona de uma canteiro chamado Jornal das Pequenas Coisas. E não há como impedir que a alma seja invadida e tomada por tanta ternura. Depois da primeira leitura, lambi as alegrias que escorriam de dentro dos meus olhos para a ponta dos meus dedos. Fertilidade máxima: quis escrever como Rita Apoena. Parecem espasmos incrivelmente delicados, mas que nos transformam como a lua nova em cheia. Vou deixar um poema dela por aqui. Os outros estão postados lá no http://ritaapoena.zip.net/.
Metáfora
Sobre a janela
Então, quando você me beijar,
vai sentir o gosto da minha escrita,
pois a fim de nunca esquecê-las
eu trago todas as minhas palavras
na ponta da língua.
1 comment:
Cada vez melhor, cade vez melhor.
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